sexta-feira, 2 de março de 2012


Estudar física no ensino médio, um dever ou um prazer?

Jairo Felipe da Boita

RESUMO

Em linhas gerais atualmente quando questiona-se à um aluno de ensino médio quanto a visão que ele tem em relação a disciplina de física, sua importância e aplicabilidade no contexto sócio cultural desse educando, nem sempre a resposta é compatível com as expectativas dos educadores. Buscando recursos que venham contribuir no processo de ensino aprendizagem de forma que o aluno perceba o real contexto da física em sua vivência escolar e social discute-se a questão metodológica bem como o auxilio apresentado em relação ao fator motivacional do educando para a aprendizagem dessa ciência.

Palavras-chaves: Experimentação, motivação, prazer, dever.

INTRODUÇÃO

A aprendizagem em qualquer que seja a abordagem está diretamente associada a motivação do indivíduo para realizar a aprendizagem. No estudo de ciências mais especificamente da disciplina de física o ato de aprender não é alheio a esta realidade como afirma ( GONÇALVES e GALIAZZI, 2004, p.240), a motivação só existe quando o objeto de estudo faz sentido para o aluno e acima de tudo quando ele percebe a aplicabilidade prática desses conhecimentos e se localiza como parte integrante no processo de construção dos conhecimentos, mas como proporcionar tais condições?
Buscando resposta para o questionamento anterior diversos profissionais e instituições de ensino apostam a um bom tempo em uma proposta experimental para o ensino de física além de investir na pesquisa e desenvolvimento de estratégias direcionadas à aplicação dessa proposta.


CONTEXTO E METODOLOGIA

No contexto educacional manter os alunos motivados é muito importante todavia não é uma tarefa muito fácil, mas possível e o método experimental apresenta contribuições bastante interressantes nesta perspectiva, tornou-se perceptível a motivação e o prazer que os alunos apresentam ao estudar física interagindo com a prática e vivência momentos de construção coletiva de conhecimentos em estágio realizado com alunos do segundo ano do ensino médio aplicado na região serrana do rio grande do sul nos campos de cima da serra durante os meses de agosto, setembro e outubro de 2008.
É possível afirmar que uma proposta experimental por sua vez tem potencial motivador em relação ao estudo de física como também das demais áreas das ciências, é importante salientar que não basta simplesmente inserir o experimento no contexto de uma aula de física, pois muitas vezes quando não é realizada a prévia definição de como associar tal atividade ao contexto da aula levando em consideração as peculiaridades de cada escola e de cada turma o educador poderá encontrar resultados bem distantes dos esperados. Com o intuito de ilustrar essa situação pode-se partir para uma análise em relação as formas de aplicação da atividade experimental, e levantar uma questão. Seria totalmente eficiente uma proposta experimental na qual o educador aplica a prática apenas de forma demonstrativa não propiciando ao educando a interação e o manuseio dos equipamentos?
Analisando o questionamento uma breve reflexão propicia uma visão mais abrangente, a atividade experimental em muitos momentos precisa ocorrer de forma demonstrativa, todavia também necessita haver momentos de interação do aluno com o experimento, viabilizando o contato e manuseio dos equipamentos e valorizando a contribuição do aluno na construção dos conhecimentos dessa forma se promove o “prazer” no ato de estudar física.


CONSIDERAÇÕES FINAIS


Contudo fazer uso de metodologias alternativas como a prática experimental nos remete ao questionamento “estudar física no ensino médio, um dever ou um prazer?”, e a partir da prática pedagógica aplicada durante o período de estágio pode-se afirmar que o educando deve ter prazer no processo de aprender, logo, cabe a cada educador a constante busca de alternativas que venham a promover a motivação dos aluno em relação a aprendizagem proporcionando a interação dos mesmos no processo de construção do conhecimentos.


REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS:


MORAES,roque.aprender ciências:reconstruindo e ampliando saberes.IN GALIAZZI,et al.Construção Curricular em Rede na Educação em Ciências.Ijui:Unijui,2007

GONÇALVES,Fábio Peres e GALAZZI,Maria do carmo.a natureza das atividades experimentais no ensino de ciências. IN MORAES et al. Edicação em ciências.Ijuí:Unijui,2004